quarta-feira, 8 de março de 2017

PROGRAMAÇÃO

VII MOSTRA DE PERFORMANCE:
ARTE NEGRA, IMAGEM, EMPODERAMENTO E DISSONÂNCIAS CONTEMPORÂNEAS

Galeria Cañizares – Escola de Belas Artes
13 a 24 de março de 2017



PROGRAMAÇÃO

Segunda-feira – 13MAR2017 – Galeria Cañizares
18h00min – Abertura da Galeria
18h15min – Atlântico (performance) Balé do Teatro Castro Alves diretor Antrifo
Sanches – Performer Paulo Fonseca, co-direção Agnaldo Fonseca - Artistas
convidados
18h45min – Omilia (performance) – Ricardo Biriba
19h15min – Uma Rainha Madalena (Performance)– Érico José Souza de Oliveira e Evana Jeyssan
19h45min – Rosário de Nós (performance) – Antônio Obá

Terça-Feira – 14MAR2017 – Galeria Cañizares
18h00min – Abertura da Galeria
18h15min – Mesa de Conversa - Performance e Pensamento Contemporâneo
Ayrson Heráclito (UFRB)– Imagem Negra e performance
Lucio Agra (PUC SP)– O que é fazer Performance no Brasil
Ricardo Biriba (UFBA)- Mediador
20h00min – Buruburu (performance) Ayrson Heráclito – Artista Convidado

Quarta Feira – 15MAR2017 – Galeria Cañizares

18h00min – Abertura da Galeria
18h15min – Banho de Rosas e Alfazema (performance) – Fábio Duarte
18h45min – Utopias Negras (performance) – Bruno Novais e Eduardo Guimarães
19h15min – Cura (performance) – Clara Maria Matos
19h45min – Todos Mulheres (performance) - Jussara Bacelar

Quinta Feira - 16MAR2017 – Galeria Cañizares
18h00min – Abertura da Galeria
18h15min – AFROconveniência (performance)- Dêvid Gonçalves
18h45min – Oração à Mãe Preta (performance) – Laisa Maria
19h15min – Labalaba (performance) – Telma Amorim
19h45min – Mulher di Mulher (performance) – Raquel Amores

Sexta Feira - 17MAR2017 – Galeria Cañizares

18h00min – Abertura da Galeria
18h15min – Roda de Artistas – diálogo com artistas integrantes da VII Mostra
19h15min – Vozes do seu Tempo (Performance) – Criação coletiva sob orientação Prof. Ricardo Biriba e monitoria de Alice Barreto com estudantes da Disciplina Expressão Tridimensional III - Niama Alencar Cardoso e Silva, Zulmira Alves Correia, Larissa Monteiro Santana, Flávia Moreira da Cruz e Santos, Adriana de Sá Lisboa, Guiovan Clementino de Oliveira, Heitor Santos de Oliveira, Lucas Brito Lago, Lucas José de Carvalho dos Anjos, Larissa Lais Santiago Fragoso Costa.
20h30min – Coletivo A-Feto Direção Ciane Fernades (performance) - Artista Convidada
Paisagem Sonora: Felipe Florentino Criadores/performers: Alba Vieira, Carlos Alberto Ferreira, Carlos Rabelo, Cecília Borges, Ciane Fernandes, Diego Pizarro, Enjolras Oliveira, Larissa Lacerda, Lenine Guevara, Leonardo Paulino, Leonardo Sebiani, Lineu Gabriel, Ludimila Nunes, Luisa Duprat, Luiz Thomas Sarmento, Maciej Rożalski, Mauro César Alves, Monique Monteiro, Neila Baldi, Ricardo Fagundes, Simone Requião, Susanne Ohmann, Victor Gargiulo, Vivian Barbosa.

Expo-Foto: 13 a 24 de maço de 2017
O Beijo de Anastácia – Susanne Ohmann
Horáculo Mestiço – ZMário Peixoto
Inversas - Revestidas – Coletivo GRAJ / Geisiana Conceição
Semana da Consciência Negra – 2 de julho acontece – Patrícia Mello
Tutorial – Yasmin Nogueira
Hélix (impressões intangíveis) – Adriano Machado
Lugar de inexistência – Jéssica Lemos
Pele Pétala – Clara Maria Matos
Case-se Comigo – Val Souza
Des-Nudes – Herôntico
Mãe Filhinha – Ricardo Biriba
Expo-Vídeo: 13 a 24 de Março de 2017
Buruburu – Ayrson Heráclito (artista Convidado)
L’Afrique Bouge – Ricardo Biriba
Meu Canto Pras Paredes – Alex Simões
Embrechado – Wagner Lacerda
Entre-Lugar – Leila da Cruz
Homens Bailarinas – Lucas Alves
Viração – Comunidade Liga do Corpo
Álbum de Casamento – Val Souza
Quatro Cântaros-Mataji-Mães Sagradas – Di Almeida Júnior
Traço-me – Geisiel Ramos

Curadoria: Ricardo Biriba
Apoio Curatorial: Alice Barreto, Leila Da Cruz e Ravena Maia

quarta-feira, 25 de janeiro de 2017

VII MOSTRA DE PERFORMANCE:
ARTE NEGRA, IMAGEM, EMPODERAMENTO E DISSONÂNCIAS CONTEMPORÂNEAS

Galeria Cañizares – Escola de Belas Artes
13 a 24 de março de 2017

Inscrições Prorrogadas

até 28 de fevereiro de 2017

Argumento:

“O tráfico de negros escravizados durou 400 anos e terminou oficialmente na segunda metade do século XIX. Estimativas apontam para uma variante entre 15 a 30 milhões de africanos negros que foram arrancados de suas terras de forma desastrosa, degradante e desumana. A ideologia do mercado escravista sustentava a ideia que a humanidade é dividida em duas metades, os humanos e os sub-humanos e que nós fazemos parte desse segundo grupo e que se podia fazer o que se quisesse com ela, explorar seu trabalho e depois destruí-la, quanto à sua arte, ela passou pelo mesmo caminho”. (Ryszard Kkapuscinski, 2000)
Tomando como base a nossa história, a VII Mostra de Performance traz este ano como tema central a arte negra contemporânea – performance, vídeo e fotografia com objetivos de exaltar e dar visibilidade à liberdade negra inovadora, às vozes questionadoras do seu tempo, às ações políticas, às políticas de inclusão e às representações etno-artísticas e com isso, discutir junto ao artista, a sua obra e o público, suas inquietações individuais, implicações e subjetividades estéticas, éticas e teoréticas, as relações de poder, a expansão geoartística.
Performance Negra, imagem, empoderamento e dissonâncias contemporâneas, vem confrontar os espaços de poder e de dominação e combater a indigência artística e cultural por uma “globalização da diferença” (Milton Santos), pela descolonização e desinternacionalização da estética, por avanços nas políticas públicas de combate ao racismo, à intolerância religiosa, ao epistemicídio e consolidar as conquistas alcançadas no âmbito educacional, cultural  e social.
Diante das “batalhas semióticas-interculturais”, a VII Mostra de Performance vem também interferir na construção de outros sentidos estéticos, de representação e de etnicidade, com ações arte educativas para discutir arte e performance e agora particularmente performance negra, sobretudo como uma arte movente, política, crítica, vasta, plena de vitalidade, problematizadora e contemplativa que transita entre o imaginário e o real, entre o sensível e o inteligível, entre o tradicional e o atual.
A VII Mostra de performance que integrada à sociedade acadêmica contemporânea, vem dinamizar o conjunto de problemas interpretativos do conceito de arte negra e da existência negro africana como bases fundamentais para os estudos aprofundados da performance artística.
Assim, será a mística conservadora da diáspora, o paradigma da identidade negra e por ela a incompletude, o entrecruzamento, a passagem e a indeterminação o estado possível da arte negra capaz de mover as bases tradicionais da cultura?
É a performance negra um campo expandido da sua arte tradicional? É um entre cruzamento cultural? Éritual? É sacro religiosa? É ela política? Engajada? Mestiça? O que não é uma performance negra? Qual o seu papel no estado atual da arte?

Ricardo Biriba

Curadoria